sexta-feira, 25 de abril de 2025

 


Sermão Expositivo – 21 

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“Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna. (2 Timóteo 2:10 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de 2 Timóteo 2:10 - (ACF):

O apóstolo Paulo, em sua segunda carta a Timóteo, está encorajando-o a perseverar na fé e no ministério que lhe foi confiado. No verso 10 do capítulo 2, Paulo afirma que tudo o que ele suporta é por causa dos eleitos, a fim de que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus, com glória eterna.

Aqui, vemos a ênfase da doutrina da eleição divina, fundamental na tradição calvinista. Deus escolheu desde a eternidade aqueles que seriam salvos, e Paulo está consciente de que o seu sofrimento e perseguição são parte do plano de Deus para a salvação dos eleitos. Essa doutrina enfatiza a soberania de Deus na salvação, e a dependência do homem em relação à graça divina.

Usando a interpretação Histórico-Gramatical com o grego da Bíblia ACF temos o seguinte:

No grego, o termo usado para "eleitos" é "ἐκλεκτῶν" (eklekton), que significa "escolhidos". Esse termo é usado em outras passagens do Novo Testamento para se referir aos eleitos de Deus, aqueles que foram escolhidos por Ele para a salvação (por exemplo, Mateus 24:22, Romanos 8:33, Efésios 1:4).

É interessante notar que Paulo usa a palavra "sofrer" antes de mencionar os eleitos. Isso pode indicar que o sofrimento é uma parte inevitável da vida do cristão, mas que tem um propósito maior na salvação dos eleitos. O sofrimento pode ser visto como uma forma de purificação e fortalecimento da fé, como mencionado em outras passagens da Bíblia (por exemplo, Tiago 1:2-4, 1 Pedro 1:6-7).

Chaves bíblicas que ligam versículos com o mesmo tema:

- Romanos 8:28-30 - Paulo fala sobre a predestinação dos eleitos e a sua chamada de acordo com o propósito de Deus.

- Efésios 1:3-14 - Paulo destaca a eleição divina como a base da salvação e da nossa herança em Cristo.

- Tito 1:1 - Paulo se identifica como servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo para a fé dos eleitos de Deus.

- 1 Pedro 2:9-10 - Pedro fala sobre os eleitos como um povo escolhido e precioso aos olhos de Deus.

Conclusão:

A passagem de 2 Timóteo 2:10 destaca a doutrina da eleição divina e a soberania de Deus na salvação dos crentes. Paulo está consciente de que o seu sofrimento tem um propósito maior na salvação dos eleitos, e encoraja Timóteo a perseverar na fé e no ministério que lhe foi confiado. A tradição calvinista enfatiza a dependência do homem em relação à graça divina, e a necessidade de perseverança na fé. A interpretação Histórico-Gramatical com o grego da Bíblia ACF ajuda a compreender melhor o significado dos termos utilizados por Paulo, e as chaves bíblicas nos mostram a conexão desse tema com outras passagens da Bíblia.

Sermão Expositivo – 22 

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“Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador;” (Tito 1:1-3 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Tito 1:1-3 - (ACF):

Tito 1:1-3 é uma carta escrita por Paulo a seu colega Tito, que estava na ilha de Creta. A carta começa com uma saudação padrão, mas logo se concentra no propósito da carta: instruir Tito a estabelecer líderes fiéis na igreja de Creta. Paulo começa afirmando seu próprio papel como apóstolo de Jesus Cristo, chamado por Deus para proclamar a verdade da fé aos eleitos de Deus, que são os que têm a esperança da vida eterna. Em seguida, ele se dirige a Tito como seu "verdadeiro filho na fé", e roga para que Deus, nosso Pai, e Jesus Cristo, nosso Salvador, lhe concedam graça, misericórdia e paz.

Na tradição calvinista, essa carta é vista como uma afirmação da soberania de Deus na salvação dos eleitos, e da necessidade de líderes fiéis para guiar a igreja. Paulo afirma que ele mesmo foi chamado por Deus para ser um apóstolo, e que a salvação é obra de Deus, não de nós mesmos. Os líderes da igreja devem ser homens piedosos, que são capazes de ensinar e guiar o rebanho de Deus com fidelidade e sabedoria.

Usando a interpretação Histórico-Gramatical com o grego original; da Bíblia ACF, podemos notar que a palavra "apóstolo" em grego é "apostolos", que significa "enviado" ou "mensageiro". Essa palavra é usada em referência aos doze apóstolos escolhidos por Jesus, bem como a Paulo e a outros líderes da igreja primitiva que foram chamados por Deus para proclamar o evangelho. Paulo usa essa palavra aqui para afirmar sua autoridade como líder da igreja e apóstolo de Jesus Cristo.

Uma chave bíblica que pode ser usada para ligar esse texto com outros sobre a necessidade de líderes fiéis na igreja é 1 Timóteo 3, que também discute as qualificações para líderes na igreja. Outra chave bíblica é Efésios 2:8-9, que afirma que a salvação é pela graça de Deus, não pelas obras. Esses versículos ajudam a esclarecer o contexto e a mensagem de Tito 1:1-3.

Conclusão:

Tito 1:1-3 é um trecho importante da Escritura para a tradição calvinista, pois afirma a soberania de Deus na salvação dos eleitos e a necessidade de líderes fiéis para guiar a igreja. Paulo afirma sua autoridade como apóstolo de Jesus Cristo, e roga para que Deus conceda graça, misericórdia e paz a Tito. Essa carta é uma chamada para a fidelidade e sabedoria na liderança da igreja, e uma afirmação da verdade da fé que temos em Jesus Cristo.

Sermão Expositivo – 23 

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“Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia; Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.” (1 Pedro 1:1,2 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de 1 Pedro 1:1,2 - (ACF):

O texto de 1 Pedro 1:1,2 apresenta uma saudação do apóstolo a uma comunidade cristã dispersa na Ásia Menor. A ênfase principal é dada à eleição divina dos crentes para a salvação.

A hermenêutica calvinista entende que a salvação é um ato soberano da graça divina, que escolheu antes da fundação do mundo aqueles que seriam salvos (Efésios 1:4). Essa eleição não depende das obras ou méritos humanos, mas é baseada exclusivamente na vontade de Deus (Romanos 9:11).

A exegese gramatical do texto revela que Pedro escreve aos "eleitos" segundo o "conhecimento prévio de Deus Pai". Essa expressão indica claramente que a eleição precede ao conhecimento humano e tem sua raiz no próprio Deus. Além disso, os crentes são santificados pelo Espírito Santo para obedecerem a Jesus Cristo e terem comunhão com Ele.

Para um convicto; presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano - seguindo as doutrinas reformadas -, essa passagem mostra claramente como toda salvação vem unicamente pela graça divina. É importante ressaltar também que apenas aqueles escolhidos por Deus receberão esse favor imerecido.

No hebraico original deste versículo encontramos פטרוס‎ (Petros) traduzido como Pedro em português.

Já no grego original está escrito Πέτρος ‎(Petros), também traduzido como Pedro em português.

Algumas chaves bíblicas importantes para entendermos melhor este trecho, incluem Efésios 2:8-9 ("Porque pela graça sois salvos", etc.), Romanos 3:23-24 ("Todos pecaram", etc.) E Atos dos Apóstolos capítulo dois inteiro; sobre o batismo com o Espírito Santo após arrependimento genuíno e conversão.

Em conclusão, podemos afirmar que esta passagem reforça fortemente as doutrinas centrais da fé Reformada sobre predestinação e eleição incondicional. Isso significa reconhecer humildemente nossa total dependência da graça divina em todos os aspectos de nossa vida espiritual.

Sermão Expositivo – 24 

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“E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” (1 Pedro 2:7-10 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de 1 Pedro 2:7-10 - (ACF):

O texto em análise começa com a citação de Isaías 28:16, que fala sobre uma pedra angular escolhida por Deus. Pedro aplica essa profecia a Jesus Cristo, afirmando que Ele é a pedra rejeitada pelos homens, mas eleita e preciosa para Deus (versículo 4). Em seguida, o apóstolo se dirige aos seus leitores como "pedras vivas", que estão sendo edificados como casa espiritual para um sacerdócio santo (versículos 5-6).

No versículo 7, Pedro continua falando sobre essa pedra angular ao dizer que ela é "preciosa" para aqueles que creem nela. Para os incrédulos, no entanto, ela é uma pedra de tropeço e rocha de escândalo. Isso pode ser entendido como uma referência àqueles que não aceitam Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

No versículo 8, Pedro descreve esses incrédulos como "desobedientes", ou seja, aqueles que não obedecem à palavra de Deus. Eles foram destinados para isso desde antes da fundação do mundo ("para isto mesmo foram postos"), o que sugere uma visão supralapsariana da predestinação.

Finalmente, nos versículos 9-10, Pedro fala sobre a identidade dos crentes em Jesus Cristo. Eles são chamados de "geração eleita", "sacerdócio real", "nação santa" e "povo adquirido". Essas descrições ecoam outras passagens bíblicas que enfatizam a posição especial dos cristãos diante de Deus (por exemplo: Êxodo 19:6; Deuteronômio 14:2; Tito 2:14).

Ao analisar este texto grego presente na ACF. E usando as ferramentas da hermenêutica histórico-gramatical podemos notar algumas nuances interessantes. Por exemplo:

- O termo usado para descrever os incrédulos no versículo 8 ("προσκόμματος") literalmente significa algo assim como um obstáculo ou tropeço.

 - A expressão traduzida por "vocês mesmos" no final do versículo 10 ("ὑμεῖς αὐτοί") tem sido objeto de muita discussão entre estudiosos do Novo Testamento. Alguns argumentam que isso deve ser traduzido simplesmente por “vocês mesmos”, enquanto outros defendem uma ênfase mais forte na autodeterminação dos crentes (“vocês próprios”), especialmente quando contrastado com o “não povo” mencionado anteriormente.

Chaves bíblicas relacionadas ao tema:

Vários textos bíblicos podem ajudar-nos a entender melhor as ideias presentes neste trecho das Escrituras Sagradas.

Por exemplo:

 - Salmos 118: 22 – Este salmo contém outra profecia messiânica sobre uma pedra angular rejeitada pelos homens.

 - Romanos Cap. 9 e Cap. 11 – Nestes capítulos Paulo discute temas relacionados à predestinação divina e à relação entre judeus e gentios na igreja primitiva.

 - Apocalipse 1:6 – Esse verso também usa imagens sacerdotais semelhantes às encontradas aqui em Primeira Pedro.

Conclusão:

Este texto ensina claramente duas coisas importantes:

Primeiro. Jesus Cristo é fundamental para nossa fé cristã pois foi escolhido por Deus Pai desde antes da fundação do mundo!

Segundo. Aqueles dentre nós (eleitos e eleitas); que colocamos nossa confiança nesta Pedra Angular vinda dos céus; afirmamos que, somente através dela receberemos nosso lugar garantido junto ao Povo Santo de DEUS!

Sermão Expositivo – 25 

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“Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, santificados em Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo: Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados.” (Judas 1:1,2 - ACF).  

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Judas 1:1,2 - (ACF):

Exegese básica: O livro em epígrafe; é uma carta escrita por Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago. A carta foi endereçada aos crentes que estão santificados em Deus Pai, guardados em Jesus Cristo e chamados ELEITOS. É importante notar que a carta não se dirige apenas a um grupo específico, mas sim para todos os ELEITOS em geral.

Hermenêutica básica: A tradição calvinista reformada nos ensina que Deus é soberano sobre todas as coisas e tem o controle absoluto do seu plano redentor. Assim, ao analisarmos o texto de Judas 1:1-2 devemos entender que somente aqueles que foram escolhidos por Deus antes da fundação do mundo são verdadeiramente santificados e guardados em Jesus Cristo.

Ao usar a interpretação Histórico-Gramatical com base no grego da Bíblia ACF podemos observar algumas chaves bíblicas importantes para compreendermos melhor o texto:

- O termo "santificado" (ἡγιασμένοις) vem do verbo "hagiazō" e significa separado ou consagrado para um propósito divino.

- O termo "guardados" (τετηρημένοις) vem do verbo "tēreō" e significa proteger ou guardar algo valioso.

- O uso dos verbos no tempo passado indica uma ação já concluída - aqueles que foram santificados já foram completamente separados por Deus para si mesmo; aqueles que foram guardados já receberam total proteção divina.

Conclusão: Podemos concluir então, à luz da tradição calvinista reformada, que o autor está se dirigindo aos eleitos de Deus - aqueles escolhidos desde antes da fundação do mundo - indicando sua posição segura nele através das palavras “santificado” (separado) e “guardado”. Essa mensagem deve encorajar todo crente fiel na fé cristã ortodoxa a continuar perseverando até o fim pela graça irresistível concedida pelo Senhor.


“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”


Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:

Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D. 

 


Sermão Expositivo – 16 

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“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo;” (Efésios 1:3-12 - ACF).


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Exegese e Hermenêutica Básica; de Efésios 1:3-12 (ACF):

Efésios 1:3-12 na perspectiva reformada ortodoxa:

3 – “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo;”

Neste versículo, Paulo começa a carta aos Efésios com uma expressão de louvor e gratidão a Deus, reconhecendo que Ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Isso significa que todas as bênçãos que recebemos são dadas por meio de Cristo e que elas são de natureza espiritual, isto é, relacionadas à nossa salvação e à nossa comunhão com Deus.

4 – “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;”

Aqui, Paulo fala sobre a eleição dos crentes, que foi feita por Deus antes da fundação do mundo. Isso significa que a salvação não depende de nossa escolha ou mérito, mas é fruto da vontade soberana de Deus. Além disso, a eleição tem como objetivo tornar-nos santos e irrepreensíveis diante de Deus em amor, ou seja, para que possamos viver de forma piedosa e agradável a Ele.

5 – “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,”

Paulo continua falando sobre a obra salvífica de Deus ao dizer que Ele nos predestinou para sermos filhos de adoção por meio de Jesus Cristo. Isso significa que, por meio da fé em Cristo, somos adotados como filhos de Deus e passamos a ter acesso a todos os privilégios e benefícios que essa posição nos proporciona. Tudo isso foi feito segundo a vontade de Deus, que é soberana e benevolente.

6 – “Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado,”

Aqui, Paulo enfatiza que tudo o que Deus fez por nós tem como objetivo glorificar Sua graça e amor, que são os motivos por trás de toda a obra salvífica. Por meio de Cristo, Deus nos tornou agradáveis a Si mesmo, o que nos leva a louvá-Lo e a adorá-Lo por Sua bondade e misericórdia.

7 - Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,

Paulo agora fala sobre a obra redentora de Cristo, que nos concedeu a redenção pelo Seu sangue e a remissão dos nossos pecados. Isso significa que, por meio da morte e ressurreição de Cristo, nossos pecados foram perdoados e nossa dívida foi paga, possibilitando-nos ter comunhão com Deus e desfrutar da vida eterna. Tudo isso foi feito segundo as riquezas da graça de Deus, que é infinita e abundante.

8 - Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência;

Paulo enfatiza que a graça de Deus se manifestou em toda a sabedoria e prudência, o que significa que a obra salvífica foi realizada de forma sábia e inteligente, visando o nosso bem-estar e a glória de Deus.

9 - Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,

Paulo agora fala sobre o mistério da vontade de Deus, que foi revelado por meio de Cristo. Isso significa que Deus nos revelou Seus planos e propósitos que, antes, eram desconhecidos. Tudo isso foi feito segundo o Seu beneplácito, ou seja, de acordo com a Sua vontade soberana e graciosa.

10 - De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;

Aqui, Paulo fala sobre o propósito final de Deus, que é reunir todas as coisas em Cristo, tanto as do céu como as da terra. Isso significa que, ao final dos tempos, todas as coisas serão submetidas a Cristo e estarão em harmonia com a Sua vontade. Isso é possível porque Deus é soberano e tem o poder de realizar todas as coisas conforme a Sua vontade.

11 - Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade;

Paulo enfatiza que nós fomos feitos herança em Cristo, o que significa que temos direito a todas as bênçãos e privilégios que Deus concede aos Seus filhos. Tudo isso foi feito conforme o propósito de Deus, que é soberano e faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade.

12 - Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo;

Paulo conclui o trecho enfatizando que todas as coisas foram feitas com o objetivo de glorificar a Deus e que nós, que esperamos em Cristo, temos um papel importante nisso. Nós somos chamados a viver de forma a glorificar a Deus e a testemunhar do Seu amor e graça para todos os que estão ao nosso redor.

Hermenêutica básica: Como presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, entendo que este trecho de Efésios é uma expressão clara do ensinamento calvinista sobre a eleição incondicional, a predestinação, a redenção particular e a soberania de Deus na salvação. De acordo com essa perspectiva, a salvação é fruto da vontade soberana de Deus, que escolheu soberanamente um povo para Si mesmo antes da fundação do mundo. Essa escolha foi feita sem levar em conta qualquer mérito ou escolha humana, mas sim de acordo com a Sua vontade benevolente e graciosa.

Além disso, entendo que a obra salvífica de Deus é realizada por meio de Cristo, que é o meio pelo qual recebemos todas as bênçãos espirituais que nos foram dadas. A salvação é de natureza espiritual, isto é, relacionada à nossa comunhão com Deus e à nossa santificação. Tudo isso é fruto da graça de Deus, que é abundante e infinita.

Por fim, entendo que a obra salvífica de Deus tem como objetivo final a glorificação de Sua graça e amor. Nós, como crentes em Cristo, somos chamados a viver de forma piedosa e agradável a Deus, glorificando-O em tudo o que fazemos e testemunhando do Seu amor e graça para o mundo.

Palavras importantes:

Eleição: Refere-se à escolha soberana de Deus de um povo para Si mesmo.

Predestinação: Refere-se ao destino determinado por Deus para os que foram escolhidos por Ele.

Redenção: Refere-se à obra de Cristo de resgate dos pecadores por meio de Sua morte e ressurreição.

Soberania: Refere-se ao poder e autoridade absolutos de Deus sobre todas as coisas.

Graça: Refere-se à bondade e misericórdia de Deus para com os pecadores, que são salvos por meio dela.

Palavras importantes do texto grego:

- Eleição: Do grego "ekloge", significa escolha, seleção. É o ato de Deus de escolher alguns para a salvação.

Predestinação: Do grego "proorizo", significa preordenar, predeterminar. É o plano de Deus de trazer todas as coisas em Cristo.

- Redenção: Do grego "apolutrosis", significa resgate, libertação. É o ato de Deus de nos libertar da escravidão do pecado por meio do sacrifício de Cristo na cruz.

- Revelação: Do grego "apokalupsis", significa revelação, descoberta. É o ato de Deus de nos dar conhecimento de Seu plano para a salvação em Cristo.

- Herança: Do grego "kleronomia", significa herança, possessão. É a promessa de Deus de que aqueles que creem em Cristo receberão uma herança eterna no céu.

Conclusão: O trecho de Efésios 1:3-12 é uma expressão clara do ensinamento calvinista sobre a eleição incondicional, a predestinação, a redenção particular e a soberania de Deus na salvação. De acordo com essa perspectiva, a salvação é fruto da vontade soberana de Deus, que escolheu soberanamente um povo para Si mesmo antes da fundação do mundo. A obra salvífica de Deus é realizada por meio de Cristo, que é o meio pelo qual recebemos todas as bênçãos espirituais que nos foram dadas. Tudo isso é fruto da graça de Deus, que é abundante e infinita. Nós, como crentes em Cristo, somos chamados a viver de forma piedosa e agradável a Deus, glorificando-O em tudo o que fazemos e testemunhando do Seu amor e graça para o mundo.

Sermão Expositivo – 17 

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“Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós. (1 Tessalonicenses 1:4,5 - ACF). 


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Exegese e Hermenêutica Básica; de 1 Tel. 1:4,5  (ACF):

Versículo 4: “Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus;”

A palavra-chave neste versículo é "eleição", que vem do grego "ekloge", que significa escolha ou seleção. A doutrina da eleição é fundamental na teologia calvinista, que afirma que Deus escolheu soberanamente aqueles que seriam salvos antes da fundação do mundo, sem considerar qualquer mérito ou ação por parte do indivíduo. É importante notar que a eleição não é baseada em previsão da fé ou boas obras futuras, mas é exclusivamente uma iniciativa divina.

Versículo 5: "Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós."

Neste versículo, Paulo enfatiza que o evangelho que ele pregou aos tessalonicenses não foi apenas uma mensagem vazia de palavras, mas sim uma mensagem poderosa que foi acompanhada pelo Espírito Santo. A doutrina da graça irresistível é compatível com essa afirmação, pois ela afirma que quando Deus escolhe alguém para a salvação, Ele garante que essa pessoa responderá positivamente ao evangelho.

Como um convicto; Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, eu, afirmo que a eleição é uma doutrina central da fé cristã. Deus escolheu soberanamente aqueles que seriam salvos, sem considerar qualquer mérito humano. A salvação é uma obra exclusiva de Deus, e não há nada que o homem possa fazer para contribuir com isso.

Eu, também afirmo que a graça irresistível é uma realidade para aqueles que foram escolhidos por Deus. Quando Deus chama alguém para a salvação, Ele garante que essa pessoa responderá positivamente ao chamamento do evangelho. A mensagem do evangelho é uma mensagem poderosa que é acompanhada pelo poder invencível do Espírito Santo de DEUS, e aqueles que foram eleitos por Deus serão capacitados a ouvir e crer em Jesus Cristo.

Usando a interpretação Histórico-Gramatical: podemos entender que Paulo está enfatizando que a eleição é uma obra soberana de Deus, e não baseada em qualquer mérito humano. A mensagem do evangelho é uma mensagem poderosa que é acompanhada pelo Espírito Santo, e aqueles que foram escolhidos por Deus serão capacitados a ouvir e crer. A palavra "eleição" vem do grego "ekloge", que significa escolha ou seleção, e é importante notar que a eleição é uma iniciativa divina.

Chave bíblica:

Efésios 1:4-5 - "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade".

Romanos 8:30 - "E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou".

Conclusão: Em 1 Tessalonicenses 1:4-5, Paulo enfatiza a soberania de Deus na eleição e na salvação. A doutrina da eleição é fundamental na teologia calvinista, e é importante notar que a eleição não é baseada em qualquer mérito humano, mas é exclusivamente uma iniciativa divina. A graça irresistível é uma realidade para aqueles que foram escolhidos por Deus, e a mensagem do evangelho é uma mensagem poderosa que é acompanhada pelo Espírito Santo. Essa mensagem é uma mensagem que deve ser pregada com convicção e certeza, e aqueles que foram eleitos por Deus serão capacitados a ouvir e crer.

Sermão Expositivo – 18 

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“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,” (1 Tessalonicenses 5:9 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de 1 Tessalonicenses 5:9 (ACF):

O texto de 1 Tessalonicenses 5:9 diz: "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo". Na tradição calvinista, essa passagem é vista como uma confirmação da doutrina da eleição incondicional, que afirma que Deus escolheu algumas pessoas para a salvação desde a eternidade, independentemente de qualquer mérito humano.

A exegese do texto começa com a análise do contexto. O apóstolo Paulo está escrevendo aos tessalonicenses para confortá-los em meio à perseguição e incerteza que estavam enfrentando. Ele começa o capítulo 5 falando sobre a volta do Senhor Jesus Cristo e a necessidade de estar preparado para esse evento. Em seguida, ele diz que "Deus não nos destinou para a ira". A palavra grega aqui traduzida como "destinou" é "τίθημι" (tithemi), que significa "colocar", "estabelecer" ou "designar". Isso sugere que a salvação não é algo que os seres humanos podem alcançar por si mesmos, mas é algo que Deus estabeleceu e designou para aqueles que são seus eleitos.

A hermenêutica calvinista enfatiza que a salvação é um ato soberano de Deus, e não uma conquista humana. A frase "não nos destinou para a ira" é vista como uma confirmação da doutrina da predestinação, que afirma que Deus escolheu alguns para a salvação e outros para a condenação. A ênfase na salvação como algo que é adquirido por meio de Cristo também é importante, pois reforça a ideia de que a salvação não é um mérito humano, mas um dom exclusivo de Deus.

Chaves bíblicas que colaboram com essa interpretação incluem Efésios 1:4-5, que diz que Deus nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, e Romanos 8:29-30, que fala sobre a predestinação dos que Deus chamou, justificou e glorificou. Esses versículos mostram que a doutrina da eleição incondicional está presente em toda a Escritura.

Como um convicto; presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, eu vejo em 1 Tessalonicenses 5:9 uma confirmação da doutrina da eleição incondicional e do decreto de Deus em escolher alguns para a salvação desde a eternidade. A salvação não é algo que os seres humanos podem alcançar por si mesmos, mas é um dom soberano de Deus para aqueles que ele escolheu.

O fato de que Deus não nos destinou para a ira é uma prova da sua graça e misericórdia, que ele estende aos seus eleitos. Isso significa que, independentemente do que acontece na nossa vida, podemos ter a certeza de que Deus nos escolheu para a salvação e que nada pode nos separar do seu amor (Romanos 8:38-39).

Conclusão: Em resumo, 1 Tessalonicenses 5: 9 é uma passagem importante na tradição calvinista, pois confirma a doutrina da eleição incondicional e a ideia de que a salvação é um dom soberano de Deus. A exegese e a hermenêutica desse texto destacam a importância de entendermos que a salvação não é algo que podemos conquistar por nossos próprios méritos, mas é um ato de Deus em escolher e salvar aqueles que ele chamou para si. Que possamos sempre confiar na soberania de Deus em nossas vidas e nos alegrarmos na salvação que ele nos concede por meio de seu Filho, Jesus Cristo nosso senhor, profeta, sacerdote e rei eterno.

Sermão Expositivo – 19 

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“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;” (2 Tessalonicenses 2:13 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de 2 Tessalonicenses 2:13 (ACF):

2 Tessalonicenses 2:13 diz: "Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos, amados do Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade."

Neste versículo, podemos ver a doutrina da eleição sendo apresentada. Os crentes em Tessalônica foram escolhidos por Deus desde o princípio para a salvação, não por mérito próprio, mas pela graça de Deus (Efésios 2:8-9). A escolha de Deus é baseada em Sua própria vontade (Efésios 1:5), não em nossos méritos.

A santificação do Espírito e a fé na verdade são os meios pelos quais somos salvos, mas a eleição de Deus é a causa primária da nossa salvação. Isso é consistente com a doutrina calvinista da predestinação, que ensina que Deus escolheu previamente quem seria salvo.

Como um convicto; Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, creio que Deus escolheu soberanamente quem seria salvo antes mesmo da criação do mundo. Não há nada que um ser humano possa fazer para merecer a salvação, pois ela é um dom gratuito da graça de Deus.

Usando a interpretação Histórico-Gramatical com o grego ou o hebraico da Bíblia ACF, podemos observar que a palavra grega para eleição é "eklektos", que significa "escolhido". Isso é consistente com a ideia de que Deus escolheu quem seria salvo.

Podemos ligar esse versículo com outros que falam sobre a eleição, como Efésios 1:4-5: "Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade."

Em conclusão, 2 Tessalonicenses 2:13 ensina que a salvação dos crentes é baseada na eleição soberana de Deus. Isso é consistente com a doutrina calvinista da predestinação e enfatiza a graça de Deus como a causa primária da salvação.

Sermão Expositivo – 20 

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“Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;” (2 Timóteo 1:9 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de 2 Timóteo 1:9 - (ACF):

2 Timóteo 1:9 diz: "Que nos salvou e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos".

Neste versículo, Paulo está enfatizando que a salvação é um ato divino, não baseado em obras humanas, mas no propósito e graça de Deus. Na tradição calvinista, isso é conhecido como a doutrina da eleição incondicional, que afirma que Deus escolheu soberanamente quem seria salvo antes da fundação do mundo, independentemente de qualquer mérito humano.

Essa eleição também é vista como supralapsariana, o que significa que Deus escolheu quem seria salvo antes mesmo da queda do homem no pecado. Isso é importante porque mostra que a salvação não é uma resposta de Deus à queda, mas sim um ato de sua vontade soberana.

A interpretação histórico-gramatical com o grego ou hebraico presente na tradução da Bíblia ACF também confirma essa ênfase na soberania de Deus na salvação. A palavra grega para "propósito" usada neste versículo é prothesis, que significa "colocar diante" ou "propósito determinado". Isso indica que a salvação não é um acidente ou uma reflexão tardia de Deus, mas algo que ele deliberadamente planejou e executou.

Além disso, a palavra grega para "graça" usada neste versículo é charis, que se refere a um dom gratuito. Isso enfatiza que a salvação não é algo que merecemos ou podemos conquistar por nossas próprias obras, mas é um presente gracioso de Deus.

Algumas chaves bíblicas que apoiam essa interpretação incluem Efésios 1:4-5, Romanos 8:28-30 e João 6:44. Esses versículos enfatizam a soberania de Deus na escolha daqueles que seriam salvos, a predestinação dos crentes para a salvação e a necessidade de Deus chamar as pessoas para si.

Em conclusão, 2 Timóteo 1:9 é um versículo que enfatiza a soberania de Deus na salvação e a graça divina que é dada aos crentes. Na tradição calvinista, isso é visto como a doutrina da eleição incondicional e supralapsariana, que enfatiza que a salvação é um ato soberano de Deus, não baseado em obras humanas. A interpretação histórico-gramatical com o grego ou o hebraico da Bíblia ACF confirma essa interpretação, bem como outras chaves bíblicas.


“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”


Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:

Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D. 

 


Sermão Expositivo – 11 

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“Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra. Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti; Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.

Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.” (João 17:2-24 - ACF).


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Exegese e Hermenêutica Básica; de João 13:18 (ACF):

Introdução: O capítulo 17 de João é conhecido como a oração sacerdotal de Jesus, onde Ele intercede pelos seus discípulos e por todos aqueles que irão crer em Seu nome. A tradição calvinista enfatiza a soberania de Deus na salvação e a eleição incondicional dos crentes. Nessa perspectiva, a exegese e a hermenêutica de João 17:2-24 devem levar em conta esses elementos teológicos.

Exegese básica: Versículo 2 - "Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste." - A palavra "poder" (exousia) aqui se refere à autoridade soberana que o Pai concedeu a Jesus sobre toda a humanidade. O propósito dessa autoridade é dar a vida eterna a todos os que o Pai lhe deu. Isso implica na ideia de eleição incondicional dos crentes.

Versículo 3 - "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." - A vida eterna é definida como o conhecimento de Deus e de Jesus Cristo. Esse conhecimento não é meramente intelectual, mas envolve um relacionamento pessoal e salvífico com Deus. Essa é a essência da salvação.

Versículo 6 - "Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra." - Jesus reconhece que os discípulos que o Pai lhe deu já eram de Deus e que Ele apenas os manifestou o nome de Deus. Isso enfatiza a ideia de eleição incondicional dos crentes e a soberania de Deus na salvação.

Versículo 9 - "Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus." - Jesus faz uma clara distinção entre aqueles que o Pai lhe deu e o mundo. Ele intercede apenas pelos crentes eleitos, não pelo mundo em geral. Isso confirma a doutrina da eleição incondicional.

Versículo 12 - "Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse." - Jesus afirma que Ele guardou os discípulos que o Pai lhe deu e que nenhum deles se perdeu, exceto Judas. Isso enfatiza a segurança da salvação dos crentes eleitos e a soberania de Deus na preservação da fé.

Versículo 17 - "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." - Jesus pede ao Pai que santifique os discípulos pela verdade da Palavra de Deus. Isso enfatiza a importância da doutrina na vida do crente e a necessidade de um conhecimento correto da verdade.

Versículo 19 - "E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." - Jesus se santifica a Si mesmo pelos crentes, para que eles também sejam santificados na verdade. Isso enfatiza a união dos crentes com Cristo e a sua participação na obra salvífica de Cristo.

Versículo 24 - "Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do mundo." - Jesus pede ao Pai que os crentes eleitos estejam com Ele na glória, para contemplarem a Sua glória. Isso enfatiza a promessa da vida eterna e a esperança da glória futura.

Hermenêutica básica: A tradição calvinista / reformada; enfatiza a soberania absoluta e exaustiva de Deus na salvação e a eleição incondicional dos crentes. A exegese de João 17:2-24 confirma esses elementos teológicos, enfatizando a soberania de Deus na autoridade que Ele concedeu a Jesus sobre toda a humanidade, na eleição incondicional dos crentes, na segurança da salvação dos crentes eleitos e na preservação da fé. A hermenêutica calvinista enfatiza a importância da doutrina na vida do crente, a união dos crentes com Cristo e a participação deles na obra salvífica de Cristo, a promessa da vida eterna e a esperança da glória futura.

Conclusão: João 17:2-24 é uma passagem rica em ensinamentos teológicos, especialmente para a tradição calvinista. Ela confirma a soberania de Deus na salvação e a eleição incondicional dos crentes, enfatiza a importância da doutrina, a segurança da salvação dos crentes eleitos, a preservação da fé, a união dos crentes com Cristo e a participação deles na obra salvífica de Cristo, a promessa da vida eterna e a esperança da glória futura. Que possamos meditar nesses ensinamentos e glorificar a Deus pela Sua graça e misericórdia para conosco. Amém.

Sermão Expositivo – 12 

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“E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.” (Atos 13:48 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Atos 13:48 (ACF):

Atos 13:48 diz: "E os gentios, ouvindo isto, alegravam-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna." Neste versículo, vemos que os gentios que ouviram a mensagem de Paulo e Barnabé se alegraram e glorificaram a palavra do Senhor, e todos aqueles que foram ordenados para a vida eterna creram.

A tradição calvinista entende que a salvação é um ato soberano de Deus, que escolheu antes da fundação do mundo aqueles que seriam salvos. Isso é conhecido como predestinação. Essa escolha é baseada na vontade livre de Deus e não em qualquer mérito humano. Aqueles que são escolhidos por Deus são chamados de eleitos.

Neste versículo, podemos identificar três pontos importantes para a hermenêutica calvinista: a alegria dos gentios, a soberania de Deus e a eleição divina.

Alegria dos Gentios: Os gentios que ouviram a mensagem de Paulo e Barnabé se alegraram e glorificaram a palavra do Senhor. Isso mostra que a mensagem do evangelho é uma boa notícia para todos, inclusive para aqueles que não são judeus. A alegria dos gentios também é uma prova de que a salvação é para todos, independentemente da raça ou origem étnica.

Soberania de Deus: O versículo afirma que aqueles que foram ordenados para a vida eterna creram. Isso significa que a salvação não é uma escolha humana, mas é determinada por Deus. É a vontade soberana de Deus que determina quem será salvo e quem não será. Aqueles que foram ordenados para a vida eterna são os eleitos, que foram escolhidos por Deus antes da fundação do mundo.

Eleição Divina: O versículo afirma que aqueles que foram ordenados para a vida eterna creram. Isso significa que a salvação não é baseada em mérito humano, mas na eleição divina. Aqueles que são escolhidos por Deus são os eleitos, que foram escolhidos para a salvação antes da fundação do mundo. A eleição divina é um ato de graça de Deus e não é baseada em qualquer mérito humano.

Palavras Importantes:

- "Ordenados" vem do grego "τεταγμένοι" (tetagmenoi), que significa "colocado em ordem" ou "designado". Isso se refere à eleição divina, onde Deus escolhe aqueles que serão salvos.

- "Vida Eterna" vem do grego "ζωὴν αἰώνιον" (zōēn aiōnion), que significa "vida eterna" ou "vida que dura para sempre". Isso se refere à salvação que é dada aos eleitos por Deus.

Chave Bíblica:

- João 6:44 - "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia."

- Romanos 9:16 - "Assim, pois, não depende de quem quer, nem de quem corre, mas de Deus, que se compadece."

- Efésios 1:4-5 - "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade."

Conclusão: Atos 13:48 é um versículo importante para a tradição calvinista, pois destaca a soberania de Deus na salvação. Aqueles que são eleitos por Deus são ordenados para a vida eterna e são os únicos que crerão na mensagem do evangelho. A eleição divina é um ato de graça de Deus e não é baseada em qualquer mérito humano. Isso nos lembra que a salvação é totalmente obra de Deus e não há nada que possamos fazer para merecê-la.

Sermão Expositivo – 13 

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“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.” (Romanos 8:28-30 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Romanos 8:28-30 (ACF):

Romanos 8:28-30 é um dos textos mais importantes para a teologia reformada, por isso, requer uma exegese e hermenêutica precisas. A tradição calvinista enfatiza a soberania de Deus na salvação, a eleição incondicional e a perseverança dos santos. Nesse sentido, este texto é fundamental para entendermos a obra de Deus na redenção de seu povo.

Versículos 28-30: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou."

No verso 28, Paulo afirma que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados por seu decreto. O termo "chamados por seu decreto" é traduzido do grego "klētois kata prothesin," que pode ser interpretado como "os que são chamados segundo o propósito de Deus". Isso significa que a salvação não depende das obras humanas, mas da eleição incondicional de Deus.

No verso 29, Paulo continua afirmando que aqueles que Deus conheceu de antemão, ele também predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. O termo "predestinou" é traduzido do grego "proōrisen," que significa "determinar de antemão". Isso indica que a salvação é um plano eterno de Deus, que inclui a conformação de seu povo à imagem de seu Filho.

No verso 30, Paulo continua afirmando que aos que Deus predestinou, ele também chamou; e aos que chamou, ele justificou; e aos que justificou, ele glorificou. O termo "justificou" é traduzido do grego "edikaiōsen," que significa "declarar justo". Isso indica que a salvação é um ato imputativo de Deus, em que ele declara seus eleitos justos com base na obra de Cristo.

A chave bíblica que liga esses versículos é a eleição incondicional de Deus. Deus escolheu seu povo antes da fundação do mundo, e todos os eventos da vida cooperam para o bem daqueles que são chamados segundo o seu propósito. A salvação é um ato soberano de Deus, que inclui a predestinação, a chamada eficaz, a justificação e a glorificação.

Conclusão: Em Romanos 8:28-30, vemos a soberania de Deus na salvação de seu povo. A eleição incondicional é a base da redenção, e todos os eventos da vida cooperam para o bem daqueles que são chamados segundo o propósito de Deus. A salvação é um ato imputativo de Deus, em que ele declara seus eleitos justos com base na obra de Cristo. Que possamos entender e celebrar a obra de Deus em nossas vidas, confiando em sua soberania e graça!!!

Sermão Expositivo – 14 

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“Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho. E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?

E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?” (Romanos 9:6-24 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Romanos 9:6-24 (ACF):

Romanos 9:6-24 é uma passagem fundamental para a compreensão da teologia reformada, especialmente a tradição calvinista. Paulo começa o capítulo 9 expressando sua grande tristeza pela incredulidade de seu povo, os judeus, que rejeitaram a salvação em Cristo. Ele chega a dizer que desejaria ser amaldiçoado em vez de seu povo (v. 3). Mas, em seguida, ele argumenta que nem todos os descendentes de Abraão são verdadeiros filhos da promessa. Ele explica que a eleição não depende da descendência física, mas da vontade soberana de Deus (v. 6-13).

Paulo usa o exemplo de Jacó e Esaú para mostrar que Deus escolheu Jacó antes que ele fizesse qualquer coisa boa ou má (v. 11-13). Isso implica que a eleição não é baseada em mérito humano, mas na graça divina. Paulo antecipa uma possível objeção que poderia ser levantada: "Se Deus escolhe quem    ele quer, então como pode ele nos responsabilizar por nossas escolhas?" (v. 14). Paulo responde a essa objeção pela primeira vez, afirmando que Deus tem o direito de fazer o que deseja com sua própria criação (v. 15-18).

Paulo continua argumentando que Deus endureceu o coração de Faraó para mostrar seu poder e glorificar seu nome (v. 17-18). Ele conclui que a eleição não depende da vontade humana ou de esforços humanos, mas da misericórdia de Deus (v. 16). Paulo antecipa uma segunda objeção: "Se Deus escolhe quem ele quer e endurece quem ele quer, então como pode ele nos culpar por nossa incredulidade?" (v. 19). Paulo responde essa objeção pela segunda vez, afirmando que os seres humanos não têm o direito de questionar a vontade de Deus, que é o Criador e o Senhor de tudo (v. 20-21).

Paulo usa a metáfora do oleiro e do barro para ilustrar o poder de Deus sobre as criaturas (v. 21-23). Ele afirma que Deus suportou pacientemente os vasos de ira, preparados para a destruição, a fim de revelar sua ira e fazer conhecidas suas riquezas para os vasos de misericórdia, preparados de antemão para a glória (v. 22-23). Isso implica que Deus tem o direito soberano de escolher quem ele quer salvar e quem ele quer condenar.

Palavras Importantes:

Eleição: A escolha soberana de Deus de salvar algumas pessoas e não outras, não baseada em mérito humano, mas na sua graça e misericórdia.

Predestinação: O decreto divino de escolher e ordenar antecipadamente o destino eterno das pessoas, seja para a salvação ou para a condenação.

Soberania: O poder absoluto e a autoridade de Deus sobre todas as coisas, incluindo a vontade humana e a história.

Metáfora: Uma figura de linguagem que utiliza um termo para representar outro, com o objetivo de ilustrar uma ideia ou conceito.

Chave Bíblica:

- Eleição: Efésios 1:4-5; 2 Tessalonicenses 2:13-14; 1 Pedro 1:1-2.

- Predestinação: Romanos 8:28-30; Efésios 1:11-12; 2 Timóteo 1:9.

- Soberania: Salmo 115:3; Isaías 46:9-11; Daniel 4:34-35.

- Metáfora: Isaías 64:8; Jeremias 18:1-6.

Conclusão: Romanos 9:6-24 é um texto complexo e desafiador, mas fundamental para a compreensão da teologia reformada. Paulo enfatiza a soberania de Deus na eleição e predestinação, e argumenta que os seres humanos não têm o direito de questionar a vontade de Deus. Ele usa exemplos bíblicos e metáforas para ilustrar a grandeza e o poder de Deus sobre todas as coisas. A tradição calvinista enfatiza a graça, a soberania e a glória de Deus na salvação, e vê a eleição como a base da segurança da salvação. Que possamos ser humildes diante da grandeza de Deus e confiar em sua graça e misericórdia para a nossa salvação.

Sermão Expositivo – 15 

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“Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça. Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra. Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos. Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje. E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, E em tropeço, por sua retribuição; Escureçam-se-lhes os olhos para não verem, E encurvem-se-lhes continuamente as costas.” (Romanos 11:1-10 - ACF).


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Exegese e Hermenêutica Básica; de Romanos 11:1-10 (ACF):

Introdução: A carta aos Romanos é um dos textos mais importantes do Novo Testamento, e é também um dos mais complexos. Nesta carta, Paulo apresenta uma teologia profunda e rica, que é fundamental para a compreensão do pensamento cristão. O capítulo 11 é uma continuação da discussão anterior sobre a relação entre judeus e gentios na salvação.

Exegese básica: Versículo 1: "Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim."

Paulo começa a discussão com uma pergunta retórica: Deus rejeitou o seu povo? A resposta é "de modo nenhum". Paulo se apresenta como um exemplo disso, já que ele mesmo é um israelita, descendente de Abraão e da tribo de Benjamim.

Versículo 2: "Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:"

Paulo continua a argumentação, citando a história do profeta Elias como prova de que Deus não rejeitou o seu povo. Mesmo quando Elias achava que era o único remanescente, Deus disse que havia sete mil que não haviam se curvado a Baal.

Versículo 3: "Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?"

Paulo cita a queixa de Elias a Deus, que achava que era o único que restara fiel a Deus. Mas Deus lhe mostrou que havia outros.

Versículo 4: "Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal."

Deus respondeu a Elias que havia sete mil fiéis a ele que ainda não haviam se curvado a Baal.

Versículo 5: "Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça."

Paulo aplica essa história ao presente, dizendo que também agora há um remanescente eleito pela graça de Deus.

Versículo 6: "E, se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra."

Paulo faz uma importante distinção entre a salvação pela graça e a salvação pelas obras. Se é pela graça, não é pelas obras, porque a graça significa que Deus nos salva independentemente do que fizermos. Se é pelas obras, então não é mais graça, porque a obra é uma recompensa pelo que fizemos de bom.

Versículo 7: "Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos."

Paulo fala sobre a situação de Israel, que buscava a justiça pela lei, mas não a alcançou. Os eleitos, no entanto, alcançaram a justiça, enquanto os outros foram endurecidos.

Versículo 8: "Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje."

Paulo cita Isaías para explicar por que alguns foram endurecidos. Deus lhes deu um "espírito de profundo sono", ou seja, os fez insensíveis a ele.

Versículo 9: "E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, E em tropeço, por sua retribuição;"

Paulo cita Davi para explicar que a dureza de coração de algumas pessoas é uma retribuição por suas más ações.

Versículo 10: "Escureçam-se-lhes os olhos para não verem, E encurvem-se-lhes continuamente as costas."

Paulo cita Isaías novamente para enfatizar o ponto de que Deus endureceu alguns corações.

Hermenêutica básica: Na tradição calvinista, a doutrina da eleição é fundamental. A ideia é que Deus escolheu alguns para a salvação antes da fundação do mundo, e que essa eleição é baseada em sua graça, e não em obras. A salvação é, portanto, uma obra de Deus, e não do homem. Isso está em consonância com o que Paulo ensina em Romanos 11, especialmente nos versículos 5 e 6.

No entanto, a eleição não significa que Deus rejeitou completamente os outros. Paulo é claro em dizer que Deus não rejeitou seu povo (versículo 1), e que há um remanescente eleito pela graça (versículo 5). Isso significa que, embora a salvação seja baseada na eleição, isso não significa que Deus não esteja trabalhando na vida de todos os seres humanos.

Além disso, o texto enfatiza a importância da Escritura. Paulo cita Isaías e Davi para enfatizar seu ponto, e isso mostra que a Escritura é fundamental para a compreensão da teologia.

Conclusão: Romanos 11 é um texto importante para a compreensão da teologia da eleição. Ele enfatiza que a salvação é baseada na graça de Deus, e não em obras, e que Deus não rejeitou completamente aqueles israelitas que não foram eleitos. É importante lembrar que a eleição não é uma desculpa para a complacência, mas sim uma razão para a gratidão e a adoração a Deus. 


“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”


Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:

Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.